Mario Quintana |
A vaca e o hipogrifo
"A vaca e o hipogrifo traz em
sua inteireza a dupla persona de cronista e poeta enredada na
assinatura de Quintana. Este é o livro em que se pode melhor observar
como essas duas faces acabaram por integrar-se e alimentar-se uma à
outra. Ao ler o cronista do Caderno H, o leitor se deparava com o poeta.
Diante disso, o fato de Quintana escrever em verso ou prosa tornava-se
de menor importância....
A
associação das palavras no título cria a estranha impressão de que o
poeta é um escriba da eternidade ocupado em registrar o que vê e o que
imagina. Os poemas que compõem o livro nos falam reiteradamente de
espelhos, do outro mundo, de escadas de caracol que de repente se
interrompem, do Tempo e até de fantasmas, criando uma temática muito
própria. Há também uma variedade formal muito grande: canções vizinham
com sonetos, poemas curtos sucedem a outros bem mais longos.....
Caderno H
O
Caderno H, de Mario Quintana, tem uma longa história. Começou a ser
publicado na revista Província de São Pedro, de Porto Alegre, em 1945.
Foi, inclusive, com parte desse material que Quintana, em 1948, montou
seu livro de poemas Sapato florido. Ainda em 1945, Quintana escreveu o
livro Espelho mágico, com poemas em prosa ou prosa poética, que só seria
publicado seis anos depois, em 1951. O Caderno H, contudo, continuou a
sair a partir de 1953, quando Quintana ingressa no jornal Correio do
Povo, de Porto Alegre, na página literária dos domingos.
Canções seguido de Sapato Florido e A rua dos cataventos
Este volume reúne numa mesma edição os três primeiros livros do poeta Mario Quintana.
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